R E L Ó G I O

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

PARABOLA



Esta parábola fala do entusiasmo e da felicidade vivenciada pelo homem quando seu coração é tocado pela bem-aventurança de Deus. Aquecido e iluminado com sua luz, o homem vê claramente toda a futilidade e insignificância dos bens materiais.

"O reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo que um homem achou e escondeu; e, pelo gozo dele, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo" (Mt. 13:44).

A bem-aventurança de Deus é este falso tesouro, comparado ao qual todas os bens materiais mostram-se insignificantes (ou um mero entulho, de acordo com a expressão do Apóstolo Paulo). Entretanto, da mesma maneira que o homem não é capaz de dominar o tesouro, enquanto não vender suas propriedades para comprar o campo onde o mesmo está escondido, assim não se pode alcançar a bem-aventurança de Deus até que o homem decida doar seus bens terrenos. Pela bem-aventurança oferecida na Igreja, é necessário que o homem faça uma doação total: de suas idéias preconcebidas, do seu tempo livre e de sua tranqüilidade, de seus êxitos e dos prazeres da vida. De acordo com a parábola, o homem que encontrou o tesouro, "escondeu-o" para que outros não o roubassem. De maneira análoga, o membro da Igreja, ao receber a bem-aventurança de Deus, deve conservá-la cuidadosamente em sua alma, sem vangloriar-se desta dádiva, para não perdê-la com sua soberba.
Como vemos, neste primeiro grupo de parábolas evangélicas, Cristo fornece-nos um ensinamento concluído e estruturado sobre as condições internas e externas da propagação do bem-aventurado Reino de Deus entre os homens. Na parábola do semeador fala-se da necessidade de purificar o coração dos prazeres mundanos, para torná-lo receptivo à palavra do Evangelho. Com a parábola do joio, Jesus adverte-nos da força maligna invisível que semeia a perdição entre os homens de maneira consciente e astuta.
Nas três parábolas a seguir desvenda-se o ensinamento da força bem-aventurada, existente na Igreja, ou seja: a transfiguração da alma que ocorre de maneira gradual e muitas vêzes, imperceptível (parábola da semente); o poder ilimitado da bem-aventurança divina (parábola do grão de mostrada e do fermento), sendo este poder bem-aventurado o bem mais precioso que um ser humano pode desejar (parábola do tesouro escondido no campo). Este ensinamento sobre a bem-aventurança divina é complementado por Jesus Cristo em suas últimas parábolas dos talentos e das dez virgens. Estas parábolas estão descritas a seguir (capítulos 3 e 4).


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